O fotógrafo e documentarista Nauro Júnior tem 47 anos, é formado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e pós-graduado em Docência em Ensino Superior pela PUC/RS.
Natural de Novo Hamburgo, assinou sua a carteira de trabalho aos 12 anos em uma fábrica de calçados, no Vale dos Sinos. Vendeu verduras de carroça e foi peão de estância até chegar ao seu primeiro contato com a máquina fotográfica, aos 19 anos de idade.
Depois de trabalhar em um estúdio de 3X4 e fazer pequenos trabalhos como fotógrafo de aniversários e casamentos, foi admitido no Grupo Editorial Sinos. Atuou primeiramente na área industrial, no setor das máquinas rotativas, até chegar à sala dos fotógrafos e começar a profissão que tanto o fascinava. A partir daí passou pelo Jornal Exclusivo, Jornal NH e Diário de Canos, até chegar à Zero Hora, onde permaneceu por 18 anos.
Ao longo da carreira fez trabalhos para as revistas Veja, Carta Capital, Isto É, Época e para os jornais Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, Correio Braziliense e New York Times.
Como repórter fotográfico tem no currículo grandes coberturas jornalísticas, como as comemorações dos 500 anos do Brasil - em Brasília e Porto Seguro (2000), o aniversário de 40 anos de Brasília (2000) e a posse do presidente do Uruguai, Tabaré Vazques (2005), no Uruguai.
Foi ganhador de prêmios nacionais de fotografia, como o da Confederação Nacional de Transportes (CNT), Massey Ferguson, Direitos Humanos, Prêmio ARI, entre outros.
Em 2004, com a ampliação das plataformas digitais nos veículos do Grupo RBS, passou a fazer coberturas multimídia, como Expedição Lagoa Mirim, Sentinela dos Mares, entre outros.
Na literatura fez sua estreia em 2009 com o livro “A noite que não acabou” - em parceria com o jornalista Eduardo Cecconi. O livro-reportagem narra uma das maiores tragédias do futebol gaúcho, o acidente ocorrido com a delegação do Grêmio Esportivo Brasil, em janeiro de 2009. A publicação tem prefácio do escritor Aldyr Garcia Schlee.
Nauro Júnior aventurou-se pela segunda vez na literatura em 2012, com o romance “Náufrago de um mar doce” (Satolep Press), lançado em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Pelotas. O livro conta a saga de um pescador que sobreviveu a um naufrágio na Lagoa dos Patos. A história já está na segunda edição e teve os direitos adquiridos pelo cineasta Henrique Freitas Lima, que irá adaptá-la ao cinema em 2016.
Em 2013 lançou o livro de fotografias “Pelotas em imagens”, que figurou no topo dos mais vendidos na 41ª Feira do Livro de Pelotas. O livro também foi lançado no Rio de Janeiro.
No ano seguinte lançou o livro “Andanças imaginárias”, com financiamento do Procultura/Pelotas. Desta vez o autor mergulha no mundo da poesia e divide a publicação com a filha Sofia, de nove anos, que faz as ilustrações.
Em 2015, foi a vez da praia do Laranjal, em Pelotas, ser eternizada no livro “Laranjal em Imagens”.
A Expedição Fuscamérica é um dos seus projetos permanentes. Teve inicio em 2011 e deve se estender até 2018, com uma viagem à Copa do Mundo da Rússia. As viagens a bordo do Fusca são documentadas pela tripulação, criando uma cobertura multimídia nas redes sociais.
Na área documental assinou a direção do clipe “Liga esse rádio”, do músico gaúcho Joca Martins. O vídeo já conta com mais de 600 mil visualizações na internet. Atualmente Nauro Júnior produz e dirige o documentário “Imagens do silêncio”, sobre a vida do fotógrafo Wilson Lima. A produção é uma parceria com a Universidade Católica de Pelotas (UCPel).
O projeto “Luz na escuridão” trata-se de uma inovação na relação do autor com a construção de imagens. A partir de uma parceria com a Escola Louis Braille, em Pelotas, Nauro Júnior criou um curso de fotografia para alunos cegos e com baixa visão. O resultado é uma exposição que já passou pela Sociedade Científica Sigmund Freud, IFSul Pelotas e hoje é permanente na Escola Louis Braille, apresentando as fotografias produzidas pelos alunos. O projeto foi premiado no 10º Prêmio Responsabilidade Social do SINEPE/RS, figurando entre os três melhores na categoria “Participação Comunitária”.
Colaboração de Pretérita Urbe - Pelotas/RS